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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

APOCALIPSE E OS SINAIS

OS 7 SINAIS

Os sete sinais são claros: seremos golpeados por pragas mortais, fome e terremotos... O céu se tornará negro, os oceanos se converterão em sangue e o anticristo emergirá para lutar a batalha final entre o bem e o mal. Isto poderia vir a ser real? Especialistas decodificam esta poderosa profecia e chegam a uma impactante conclusão: existem evidências científicas de que todas estas catástrofes já poderiam estar ocorrendo. A estrela que cai do céu pode ser uma das centenas de asteroides que se aproximam da Terra. A praga profetizada na Bíblia poderia se tratar da gripe aviária, que os cientistas prognosticam que poderá matar milhões. Os oceanos poderão se transformar em sangue a começar por micro-organismos que espalham neurotoxinas com o mesmo efeito que o gás tóxico.

 

 

OS CAVALEIROS DO APOCALIPSE

Os Quatro Cavaleiros de Revelação são personagens descritos na terceira visão profética do Apóstolo João no livro bíblico de Revelação ou Apocalipse. São geralmente representados pelos simbolos relacionado na narrativa: Conquista (ou às vezes "O anti-Cristo"), Guerra, Fome e Morte, embora somente o cavaleiro da morte seja identificado por nome.

Após contemplar toda a estrutura da organização celestial de Jeova Deus, João vê em sua mão direita um rolo (manuscrito enrolado em formato cilíndrico) com sete selos.[1] Em seguida Jesus Cristo (descrito como o Leão da tribo de Juda, a raiz de Davi, um cordeiro em pé, como se tivesse sido morto) tira o rolo da mão direita do sentado no trono.[2] Esses cavaleiros começam sua cavalgadura por ocasião da abertura do primeiro desses sete selos e a cada selo aberto um cavaleiro aparece no total de quatro.[3] Há interpretações que associam esses eventos com os descritos nas visões do profeta Daniel que se iniciam no final das 70 semanas e cavalgam até a Grande tribulação findando no Armagedom.

Albrecht Dürer - Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse

Como em outros livros de profetas bíblicos como Isaías, Daniel e Ezequiel aspectos da narrativa como local, tempo, quantidade, personagens envolvidos e referências são vistos de forma simbólica e muitas vezes interpretados de maneira relacionada a outras passagens bíblicas e acontecimentos passados ou atuais.

  • O número quatro na simbologia numérica bíblica representa quadrangulação em simetria, universalidade ou totalidade simétrica,[4] como em quatro cantos da Terra, quatro ventos. Vemos isso também em outros textos (Revelação 4:6; 7:1, 2; 9:14; 20:8; 21:16), provavelmente tornando esses quatro Cavaleiros parte de um único evento relacionado.
  • Cavalos e cavaleiros em muitas culturas o cavalo é simbolo de impetuosidade e impulsividade relacionadas com os desejos humanos além de ser associado com água e fogo por serem muitas vezes incontroláveis. Também é tido como a relação com o divino servindo de guia de almas, sendo muitas vezes enterrados junto com seus donos. Exprime também vigor e viriliade por vezes simbolizando a juventude. No contexto histórico principalmente nos campos de batalha o cavalo, era treinado muitas vezes para matar soldados com suas patas ou sua boca,[5] portanto nessa narrativa esses cavalos e seus cavaleiros podem representar (e muitas interpretações os descrevem assim) uma cavalgada (campanha) com toques de guerra trazendo suas consequências por onde passam.
  • As cores dos cavalos dizem muito dos respectivos cavaleiros como:
    • Branco - Pureza, santidade, régio;
    • Vermelho - Sangue, assassinato, guerra;
    • Preto - Obscuridade, peste, maldição;
    • Descorado (ou baio) - Corpo em decomposição, repulsa.
  • Seus apetrechos mostram característica a respeito do papel que desempenham ou a consequência de sua cavalgada:
    • Arco - Símbolo da guerra e do poder;[6]
    • Espada - Principal arma dos exércitos antigos, usada como símbolo de assassinato;
    • Balança - No contexto denota desigualdade ou injustiça (no caso de alimento).
  • A Ordem em que são chamados revela uma sucessão progressiva, pois eles não são chamados ao mesmo tempo, levando muitos a associar essa visão com acontecimentos do início do século 20, chegando à conclusão que o final das "Setenta Semanas" seria 1914, o primeiro cavaleiro Jesus Cristo e os outros cavaleiros sinais de sua presença.(Mateus 24:3, 21)

Quem os chama são quatro "criaturas viventes cheias de olhos"[7] ou querubins que estão "em volta do trono, em cada um dos seus lados"[8] (i.e do trono de Deus). É provavel que não se refira a um número literal, mas representa toda a classe angelical desse grupo, ou dos que desempenham a mesma função. Cada um é desctrito como tendo a cabeça, ou aparência, distinta.[9]

    • …a primeira(…)semelhante a um leão - O leão é simbolo do poder e da justiça.[6] É também associado ao atributo divino da justiça.[10] Na visão prófetica de Ezequiel sobre o templo de Deus, ao redor do trono ele também vê quatro querubins com quatro faces, sendo uma dessas face de leão.[11]
    • …segunda(…)semelhante a um novilho(ou um touro) - Símbolo de força,[6] também representado como um atributo divino,[12] e uma das faces dos querubins vistos por Ezequiel.[13]
    • …terceira(…)tem rosto semelhante ao de homem - O homem dentre as criações é o único semelhante a Deus,[14] e capaz de amar ou de imitar essa qualidade inerente dele.[15]
    • …quarta(…)semelhante a uma águia voando - Dentre outras atribuições a águia é bastante conhecida por sua excelente visão[16] ou como símbolo de sabedoria, perspicácia ou discernimento.[6] Também é simbolo da sabedoria divina e uma das faces dos querubins vistos por Ezequiel.

Como um todo esses querubins podem representar a ação ou manifestação conjunta (ou completa) dos atributos principais de Deus, tanto que são eles que chamam os quatro cavaleiros.

  • Sete selos (ou sinete) e o rolo - o selo era usado como sinal de autenticidade ou garantia a privacidade do documento levando uma marca.[17] O número sete é considerado um número sagrado e representa inteireza[6] e o rolo (ou livro) era usado como símbolo de decreto, pronunciação ou onde estão anotados[6] o conjunto desses símbolos denotam que esse rolo contém uma pronunciação inteiramente autêntica de acordo com seu contexto bíblico.

EXORCISMOS

Nas culturas egípcia, babilônica, assíria e judaica, atribuíam-se certas doenças e calamidades naturais à ação dos demônios. Para afastá-los, recorria-se a algum esconjuro ou exorcismo. A cultura ocidental recebeu essas idéias através da Bíblia e do cristianismo primitivo.

No cristianismo, exorcismo (do grego exorkismós, "ato de fazer jurar", pelo latim exorcismu) é a cerimônia que visa esconjurar os espíritos maus, forçando-os a deixar os corpos possessos ou dominar sua influência sobre pessoas, objetos, situações ou lugares. Quando objetiva a expulsão de demônios, chama-se Exorcismo Solene e deve fazer-se de acordo com fórmulas consagradas, que incluem aspersão de água benta, imposição das mãos, conjurações, sinais da cruz, recitação de orações, salmos, cânticos, etc. Além disso, o ritual católico do exorcismo pode ser executado por sacerdotes somente quando são expressamente autorizados por bispos.

Possessões

Possessão é o estado ou condição em que o corpo e (ou) a mente de um indivíduo são supostamente possuídos ou dominados por uma entidade (um ser, força, ou divindade) que lhes é externa, ou que não se manifesta habitualmente nas atividades da vida diária.

A possessão, considerada como experiência de natureza psicológica e social, pode ser verificada individual ou coletivamente, e ter caráter inesperado, ou estar submetida a algum tipo de controle ritual; em diversas sociedades e culturas, figura como episódio ou experiência central da vida religiosa. Podemos dividir, genericamente, as formas de possessão em quatro categorias.

Encosto

O espírito fica próximo à pessoa, mas a influência é pequena. Neste caso, banhos de água e sal ou orações como o Pai-Nosso ou o Credo, afastam este espírito inferior. Geralmente estes espíritos são de pessoas que desencarnaram e pertencem à família do possuído.

Espírito opressivo

O espírito tem a capacidade de "vampirizar" a energia do indivíduo. Os efeitos são sentidos como um cansaço ou vontade de chorar que podem cessar de um momento para outro. Indica-se neste caso, que se utilize um saquinho de cor vermelha, sempre junto ao corpo para neutralizar a presença deste espírito. Também os banho de água com sal, são benéficos neste caso. A leitura do salmo 23 é o mais indicado contra o espírito opressivo.

Obsessão

O espírito consegue ficar de maneira tão dominante no corpo astral do indivíduo que pode até mesmo mudar o modo de falar e fazer coisas que normalmente não faria no dia-a-dia. Chega até mesmo a não reconhecer parentes e pessoas próximas de seu convívio. É bom frisar que aqui no Brasil de acordo com o espiritismo ou nas religiões afro-brasileiras como a umbanda e candomblé, existem os fenômenos de possessão de espíritos doutrinadores e iluminados, trazendo ao médium apenas benefícios.

Possessão demoníaca

Neste caso, o espírito toma o corpo da pessoa, fazendo com que ocorram até fenômenos de "poltergeist" (conjunto de fenômenos produzidos espontaneamente, que consiste em ruídos e deslocamento de objetos, podendo ter duração indeterminada).

Exorcismos na Bíblia

O Antigo Testamento, embora reconheça a atuação do demônio a partir da tentação e da queda de Adão no paraíso, praticamente não alude a uma ação maléfica direta do diabo sobre os homens.

Foi no judaísmo antigo que se atribuíram ao demônio intervenções muito concretas na vida cotidiana. O Livro de Tobias (século II a.C.), de influência assíria, narra um exorcismo praticado mediante a oração e utilização das vísceras de um peixe.

No Novo Testamento, que não apresenta modificações essenciais no que se refere ao exorcismo, o Evangelho de Marcos é o que insiste de maneira mais realista nos exorcismos praticados por Jesus e por seus discípulos. Em certos casos, trata-se de expulsar o demônio do corpo de possessos ou lunáticos. Em outros, da cura de enfermidades atribuídas à ação do demônio. Os evangelistas se servem dessas vigorosas ilustrações para demonstrar a vitória de Jesus sobre Satanás e também para mostrar como seu povo se libertou do pecado. "Chegou o momento de ser julgado este mundo, e agora o seu príncipe será expulso" (João - 12:31). Esses milagres seriam um sinal da instauração do reino de Deus. "Se, porém, eu expulso demônios pelo Espírito de Deus, certamente é chegado o reino de Deus sobre vós" (Mt - 12:28).

Exorcismos na história da Igreja

As curas e os exorcismos foram comuns na igreja primitiva. Com o reconhecimento oficial da Igreja sob o imperador Constantino, os exorcismos carismáticos, realizados informalmente por qualquer cristão, deram lugar à institucionalização da função do exorcista. O Rituale Romanum reuniu mais tarde, diversos ritos de exorcismos para situações variadas. Também as igrejas reformadas estabeleceram tais ritos.

O racionalismo do século XVIII conseguiu explicar muitos mistérios supostamente sobre-humanos, o que também sucedeu, de modo ainda mais intenso, com a descoberta do hipnotismo e da psicologia profunda no século XIX. A Igreja Católica, como também algumas denominações protestantes, admite os exorcismos ordinários, contidos no rito do batismo, como símbolo da libertação do pecado e do poder do demônio. Pratica-se o exorcismo ordinário na bênção da água batismal e na sagração dos santos óleos. Os exorcismos solenes, que têm por objetivo expulsar o demônio do corpo de um possuído, são práticas raríssimas e só confiadas, mediante permissão episcopal, à sacerdotes muito experientes.

O exorcismo católico inicia-se com a expressão latina "Adjure te, spiritus nequissime, per Deum omnipotentem" (eu te ordeno, espírito maligno, pelo Deus Todo-Poderoso). O processo pode ser longo e extenuante, chegando a se estender por vários dias. A possessão está associada ao mal. O processo de libertação é feito de forma dramática e violenta. Os exorcistas recorrem as preces, água-benta, defumadores, essências de rosas e arruda. O sal que é associado à pureza espiritual também é utilizado.

Porém, o cristianismo deste século tem uma atitude dividida em relação ao exorcismo. Por um lado, mantém distância de sua prática, atuando mais próximos a psiquiatras e médicos e autorizando estudos para esclarecer este fenômeno. Mesmo assim, a Igreja oculta os casos confirmados de possessão a prática dos rituais de expulsão. Ainda, o Papa João Paulo II declarou ter aplicado o exorcismo sob uma jovem, em 1982.

Um relatório sobre exorcismo foi compilado pela Igreja da Inglaterra, em 1972, por uma comissão que incluía represen- tantes católicos e um consultor psiquiatra. Apesar de pretender desbancar as possessões, acabou fortalecendo esta idéia quando relacionada à possessão de lugares: "a interferência demoníaca... é comum em lugares não consagrados... assim como em conexão com sessões espíritas".

Porém, este relatório considera exorcismos de pessoas extremamente duvidosos. À luz da Igreja moderna, aqueles que se julgarem possuídos, devem, prioritariamente, procurar a ajuda de um médico ou psicólogo. Recorrer a um sacerdote cristão é considerado último recurso.

O padre Gabrielle Amorth, diz ter realizado aproximadamente 50.000 exorcismos mas considera que somente 84 foram possessões autênticas. O sacerdote diz que os sintomas incluem força física sobre-humana, xenoglossia (a fala espontânea em língua que não foi previamente aprendida) e revelações de segredos sobre as pessoas.

O cânone dominicano Walker, de Brighton, que coordena o Grupo de Estudos do Exorcismo Cristão, lembra de somente sete casos genuínos durante sua vida religiosa: "Normalmente, tudo que é preciso são conselhos e rezas".

O demônio e o exorcismo nas religiões

Católicos

Satanás, líder da rebelião dos anjos contra Deus, é a encarnação do mal que existirá até o fim dos tempos e contra o qual os cristãos devem estar sempre vigilantes. Há sinais que distinguem os endemoninhados, mas a Igreja recomenda que se recorra à avaliação de psiquiatras para evitar confusões com casos de histeria e esquizofrenia.

Anglicanos

O demônio pode ser combatido em orações, hinos e leituras da Bíblia, mas não existe uma cerimônia específica. Os casos de exorcismo são muito raros. Quando ocorrem, o possuído é "tratado" num grupo de orações, que lhe recomenda jejum, abstinência sexual e adoração a Deus.

Judeus

A literatura rabínica clássica não prevê a existência do demônio, por isso a religião não reconhece rituais de exorcismo. Nos séculos XVI e XVII, surgiu a figura do dibuk, espírito perverso que podia ser expulso em ritos de oração. Para a maioria dos judeus, é considerado apenas folclore.

Evangélicos neopentecostais

Todos os males são causados pelo demônio. Há tipos de possessão que estragam a vida amorosa, provocam miséria, perturbam a família. Nos cultos, os endemoninhados são conduzidos ao altar. O pastor grita com Satanás e exige que abandone o corpo em nome de Jesus.

(Fonte: Revista Época)